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Esse blog tem como foco a partilha de experiências. Acredito que poderemos democratizar saberes e ampliar nossos conhecimentos a partir da postagem de vivências realizadas na área educacional. Aqui você encontra dinâmicas, cine fórum, atividades... Olhe sempre os arquivos!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DINÂMICA - JÚRI SIMULADO

Pessoal
Segue mais uma dinâmica que explora temas polêmicos, neste caso, o aborto.Foi uma atividade realizada com alunos da disciplina FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO.
Um abraço, Zelma.

DINÂMICA – JÚRI SIMULADO

Objetivo: debater o tema, levando os participantes a tomar um posicionamento; exercitar a expressão e o raciocínio; amadurecer o senso crítico.

Participantes:
JUIZ – dirige e coordena as intervenções e o andamento do júri;
JURADOS – ouvirão todo o processo e no final das exposições declaram o vencedor, estabelecendo a pena ou indenização a se cumprir;
ADVOGADOS DE DEFESA – defendem o réu (ou assunto) e respondem às acusações feitas pelos promotores;
PROMOTORES (advogados de acusação) – devem acusar o réu (ou o assunto), a fim de condená-lo;
TESTEMUNHAS – falam a favor ou contra o acusado ou assunto, pondo em evidência as contradições e argumentando junto aos promotores ou advogados de defesa.

PROPOSTA DE TRABALHO

TEMA: ABORTO - filhos de estupro: ter ou não ter?

DEPOIMENTO DA RÉU:
“Nunca tive dúvidas em relação a esse aborto. Não pensei em nenhum momento em ter aquele filho, nem consegui pensar naquilo como uma criança. No dia da cirurgia, chorei muito, mas de raiva por tudo o que tinha me acontecido. Não desejo isso para ninguém. Em junho do ano passado, eu estava sozinha em um ponto de ônibus no Capão Redondo (periferia de São Paulo), voltando do serviço. Eram quase 11 horas da noite, quando parou um Fusca velho no local e de dentro saiu uma pessoa com uma touca tampando o rosto. Era um homem, que usava uma jaqueta de couro. Ele me apontou um revólver e me forçou a entrar no carro. Não sei para onde me levou. Só me lembro que pegou uma estrada e que parou em um lugar escuro, tipo um matagal.
Tudo aconteceu dentro do carro. Ele falava pouco, eu tentava gritar, ele tampava minha boca e ameaçava me matar. Foi tudo muito rápido e horrível. Ele só deixou a arma quando veio para cima de mim. Nem tirou a touca. Pelos braços e pela roupa, parecia grandão. Era um cara nojento, cheirando a bebida, podia estar também drogado. Eu tentava escapar, ele me dava tapas, empurrões e falava: ‘Estou falando sério, cala a boca’. Disse que morava perto da minha casa e que, se eu o denunciasse, acabaria com a minha vida.
Tudo isso não durou mais que uma hora. Depois, ele me deixou perto de onde me abordou. Era meia-noite e pouco. Desci o mais rápido que pude, aliviada por estar viva. Tentei pentear o cabelo com a mão, com vergonha que alguém me visse toda desarrumada. Fui andando até a casa de uma amiga, morrendo de medo de acontecer a segunda vez, porque ele ainda saiu dando risada. Ela me deu água e ligou para o meu filho, dizendo que eu ia dormir lá. Me aconselhou a procurar a polícia, mas tive medo. Eu nem sabia dar dicas sobre a pessoa, não tinha identificação do carro, estava escuro. Não sabia o que fazer. Pedi para tomar um banho, passei horas no chuveiro.
No dia seguinte não consegui trabalhar. Pior é que não podia desabafar com ninguém. Senti vergonha de contar para meu filho e para minha família. Tinha medo de a coisa se espalhar e ele me matar. Sentia muita raiva. Ele cheirava mal. Quando a gente vai para a cama com quem gosta, vai asseada. Mas não com um tipo que te cata e te joga de qualquer jeito...
Minha amiga falou que eu devia procurar um médico, porque podia ter pego alguma doença. Não imaginei que podia estar grávida. Quando descobri, pensei em me matar. Não tinha mais paz. Chorava sozinha e conversava com Deus, para ele me dizer o que fazer. Quando fui me consultar no Hospital do Jabaquara, já estava com quase dois meses. Foi uma coisa horrorosa. Comecei a chorar, dizia para a médica: ‘O que vou fazer? Pelo amor de Deus, não conheço essa pessoa!’. Ela me indicou para a assistência social do hospital, onde pude desabafar. A psicóloga me disse que estava ali para ajudar, se eu quisesse ter ou não a criança. Como eu ia ficar com um filho que não sei de quem é, depois do horror que passei? Elas me encaminharam para a Delegacia da Mulher e fiz o boletim de ocorrência para poder fazeraborto.
http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML366902-1740,00.htmlo

TAREFA: Realizar o julgamento condenando ou absolvendo a réu analisando o ABORTO do ponto de vista legal, social e religioso.

DESCRIÇÃO DA DINÂMICA:

  1. Dividem-se os participantes ficando em números iguais, os dois grupos;
  2. Escolher o juiz e os demais participantes;
  3. Os promotores devem acusar a réu;
  4. Os advogados defendem a réu;
  5. As testemunhas devem colaborar nas discussões, havendo um revezamento entre a acusação e a defesa, sendo que os advogados podem interrogar a testemunha “adversária”;
  6. Terminado o tempo das discussões e argumentações dos dois lados, os jurados devem decidir sobre a sentença. Cada jurado deve argumentar, justificando sua decisão.
  7. Decisão final do Juiz sobre o assunto/tema discutido.

APRESENTAÇÃO DO JÚRI SIMULADO

CONSIDERAÇÔES DA PROFESSORA SOBRE O DEBATE E CONHECIMENTO DO GRUPO SOBRE O ASSUNTO APRESENTADO

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